São centenas as histórias que começam ou nascem com um copo de vinho. Nos últimos anos tenho coleccionado várias e conhecido gente e vinho que, por certo, se a idade não me atraiçoar, não mais esquecerei.
Tenho contado esta história sobre a casta syrah vezes sem conta. Vivi em Timor e por isso provei alguns vinhos neozelandeses e australianos 100% syrah e nunca achei grande piada. Em Portugal, creio que em 2018, numa feira de vinhos alguém sugeriu que provasse um syrah. Recusei e nem terei sido particularmente simpático. Lá corrigi explicando que não sou fã de syrah.
Logo depois na banca ao lado, o Pedro sugeriu que eu provasse um Reserva do Patrão tinto. Provei e adorei. Desafiou-me a identificar a casta. Espatifei-me em todos os palpites que dei. Minutos depois de ter afirmado peremptoriamente que não suportava syrah, prestava vassalagem à casta que na Quinta dos Termos se transformava neste magnífico Reserva do Patrão.
No próximo dia 7 de Novembro esse vinho estará na Adega São Sebastião no primeiro jantar vínico da Tua Vinharia. E o Pedro Carvalho, que por certo não se lembra desta história, estará presente.
Pandemias à parte, e com o respeito que nos merecem assuntos sérios como esse, as melhores histórias são à mesa. Com bom vinho.
Jaime
PS. Na TUA VINHARIA temos quase todos os vinhos da Quinta dos Termos porque, syrah incluído, são extraordinários. E temos também um outro syrah, de Trás-os-Montes, de Arcossó, que me fez aprender a nunca mais dizer que não gosto desta ou daquela casta. Nem tudo se resume à casta.
