TUA VINHARIA
 
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[da série pairing friends]

Vou iniciar uma nova série no facebook. Quem lá me segue saberá do que estou a falar. Esta nova séria será sobre vinhos e amigos. Duas das coisas mais importantes da vidinha. Em cada dia, pelo menos até ao Natal, procurarei sugerir um vinho certo para um dos meus amigos no facebook. O primeiro é o mais complexo de escolher e por isso transformei a coisa num longo texto com 2511 caracteres. Sem espaços.

[da série pairing friends]
Pensei que iria ser o mais difícil. Escolher um vinho da Tua Vinharia para a Calita. Mas obviamente é o Risu do Isaac. É tão óbvio que até me deixa desconcertado. O Isaac, nosso filho, com 10 anos, tem este nome porque numa daquelas noites em que ele já vivia na barriga da mãe, e numa fase em que nós debatíamos qual o nome que lhe iríamos dar, sonhei com o parto e ele, no sonho, nasceu a sorrir e não a chorar. Isaac significa aquele que nasce a rir.

O vinho Risu do Isaac descobrimos este ano numa extraordinária visita à Quinta do Isaac e à Quinta dos Montes onde conhecemos o Pedro Sequeira, que nos apresentou este projecto com uma paixão que nos deixou rendidos mesmo antes de provarmos os vinhos. E que vinhos extraordinários estes. É um privilégio estarem connosco na Tua Vinharia.

A Calita é, para além de tudo, e tudo é mesmo tudo para mim, a pessoa que mais respeito quando se trata de ouvir a opinião sobre um vinho. Nem sempre concordamos, mas é magnífico ouvi-la, por exemplo, explicar-me porque razão vou eu gostar de um vinho que ela acaba de provar. Neste Risu do Isaac estamos em pleno acordo. Desde o aroma exuberante até ao final elegante.

Além deste Risu do Isaac tivemos centenas de provas e muitas delas são parte da razão por termos hoje a Tua Vinharia. Ter, para quem gosta de vinho, os vinhos de que nós gostamos. Eu e ela. E os exemplos são imensos.

A Quinta do Romeu que descobrimos no sublime Maria Rita quando fomos até à nascente do rioTua passar uns dias e ficámos na "casa de pedra", como ainda dizem os miúdos quando se referem a esse passeio. O Lupucinus que provamos pela primeira vez no A Taskinha, pouco tempo depois de nos mudarmos para a Póvoa de Varzim. O Couquinho que bebemos no O Lagar, na companhia de bons amigos e de um belo ensopado de javali. O Castelares, claro, que levámos para Timor e nos acompanhou em tantas refeições por lá e que continua hoje a ser um dos vinhos mais apreciados em Díli.

Os vinhos de talha, da Rocim, Bojador e XXVI Talhas que quase a levaram às lágrimas quando os provámos na Herdade do Rocim.

Os encruzados, todos, mas que começámos pelos do Ribeiro Santo que provámos pela primeira vez no 31 de Janeiro, ou o Caves da Cerca provado pela primeira vez em Ponte de Lima e que nos fez rever tudo o que sabíamos sobre vinho verde. Mas também os Turra, os de Arcossó, os de Mouraz, os dos Termos ou mais recentemente o Conde de Anadia.

É uma longa lista de prazeres partilhados com a minha gaja. Nem todos são para aqui chamados. Mas para começar a série pairing friends tinha de ser ela. Num longo texto. Encabeçado pelo Risu do Isaac.

Logo abrimos uma, que achas Calita?

Jaime

2019 Novembro 23

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