TUA VINHARIA
 
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‘’Melhor he experimentá-lo que julga-lo’’

Foi no Dia de Reis que conhecemos Jorge Reis, produtor dos vinhos Vinha de Reis. Podia ter sido um acaso (acontecem muitos acasos nas histórias ligadas ao vinho), mas como decidimos celebrar a data com uma prova dos Vinha de Reis o seu produtor ofereceu-se imediatamente para estar presente e ainda nos trouxe um queijo da Serra da Estrela, sem descurar o pormenor das tostas para acompanhar.

Não é preciso falar durante muito tempo com Jorge Reis para perceber que os vinhos deste senhor (e devemos dizer que senhor, no sentido de homem distinto, merecedor de consideração é um nome muito adequado) são como ele. São vinhos muitos elegantes, surpreendentes e de bem com a vida.

Foi depois de se reformar – era médico obstetra –, que decidiu dedicar-se a fazer vinho na quinta da família, perto de Viseu. Para isso voltou à universidade para estudar enologia e viticultura na Escola Superior Agrarária de Viseu, uma experiência que considerou ‘’muito engraçada’’, e em 2004 começou a produzir o próprio vinho.

Quando lhe perguntámos se tinha preferência por alguma das profissões respondeu que era difícil escolher, que gostou muito de ser médico e gosta muito de ser produtor de vinho. ‘’Acho que fiz as duas coisas no tempo certo, agora espero ser tão bem-sucedido a fazer vinho como fui na medicina, já que terminei a minha carreira como diretor do Hospital São Teotónio’’, revelou.

 

Escolher os lotes do vinho

Quando alguém decide começar uma nova vida depois da reforma é normal que encontre pela frente algumas dificuldades, mas não Jorge Reis. Este produtor acha tudo demasiado interessante no mundo do vinho. ‘’Sinceramente não encontro dificuldades, é tudo tão interessante! Por exemplo, este mês estamos a escolher os lotes de vinho, a provar amostras e a ver se está a resultar, a imaginar como ficará aquele vinho quando estiver pronto. É assim qualquer coisa de extraordinário’’, conta.

As vinhas da Quinta de Reis ocupam 15 hectares em sete propriedades. A mais pequena tem 700 pés de merlot, usados no vinho Homem Bom, que é uma homenagem ao tio Armando Ferreira de Almeida Reis.

Nas restantes estão plantadas as castas típicas do Dão, a Touriga Nacional, a Tinta Roriz, o Alfrocheiro e o Jean, para os vinhos tintos e o Encruzado, a Bical e a Malvasia para os brancos.

O Wine Note é o vinho de que mais se orgulha: ‘’é o meu Barca Velha’’, diz a sorrir e só é produzido em anos excecionais como foram 2008 e 2011.

Depois de o provarmos percebemos a razão do orgulho e percebemos melhor a frase de Luís de Camões no contra-rótulo: ‘’Melhor he experimentá-lo que julgá-lo’’, Canto IX Estrofe LXXXIII.

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