TUA VINHARIA
 
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Rosa e Gianni

Na quinta-feira ligaram a perguntar se a TUA VINHARIA estaria aberta na sexta. Foi um curto telefonema com um italiano misturado com português mas desde logo a evidenciar muita simpatia.

Na sexta entra um casal e cumprimenta-nos em português. A Rosa fala bem português o Gianni nem tanto porque, diz, passa mais tempo fechado na cozinha. Na cozinha nova do casal, em Tavira. Vieram de Parma no início de 2018 depois de 10 anos dedicados ao La Croce di Malta. Ficaram por Tavira e abriram o Rosa e Gianni al bistrot.
Fecharam agora para férias e vão passar o ano a Itália. Decidiram ir com calma e conhecer melhor Portugal. Vieram até ao Norte e no Hotel onde ficaram, em Guimarães, folhearam a Evasões (de 6 de Setembro). Foi então que decidiram ligar para nós e recuar uns quilómetros, até à Póvoa de Varzim, para conhecer a TUA VINHARIA. E falar sobre vinho.

Rosa conta-nos como teve de aprender rápido sobre os vinhos portugueses para bem sugerir aos seus clientes. Trocamos impressões sobre os vinhos que “temos” em comum. Os da Casa de Mouraz, os da Quinta do Isaac, o Titan, os da Rocim…
Como estávamos ali a conversar decidi abrir uma garrafa de Encruzado da Vinha de Reis e ficaram rendidos. O Gianni gosta dos vinhos assim frescos e minerais. Falámos também sobre vinhos de Trás-os-Montes, porque tinham pedido no dia anterior para o jantar. O empregado do restaurante disse não ter vinhos dessa região, porque não são bons. A Rosa e o Gianni conhecem o belíssimo Alto do Joa e por isso não acreditaram que Trás-os-Montes não tem bons vinhos. Levaram da Tua Vinharia, para experimentar, o transmontano Quinta de Arcossó, mas também os Maçanita Folgasão, Castelares, Risu dos Montes do Douro e o Bojador do Alentejo. E O Pecado da Quinta dos Termos, claro. Um 100% Sangiovesse cultivado na Beira, que italiano não quer experimentar?

Elogiaram a Tua Vinharia. Pelo espaço, pelo critério na escolha dos vinhos e pela paixão. Nós temos de facto esta paixão pelo vinho e por este projecto e são pessoas assim, que vamos encontrando, que nos emocionam e nos fazem seguir.

Fizemos uma pausa para que eles fossem almoçar. Já era tarde, mas o Olímpico ainda lhes serviu coelho estufado que acharam bom, “muito caseiro”, mas o nosso vinho, o tal encruzado, era, sublinharam, bem melhor. Bebemos mais um pouco, escolheram o azeite da Quinta do Romeu e fomos dando sugestões de locais a visitar em Trás-os-Montes, antes de entrarem em Espanha pela Galiza. Será que sempre foram a Mirandela provar alheira?

Jaime

2019 Novembro 11

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